quinta-feira, 21 de março de 2013

A Oficina Francisco Brennand

Tantas e quantas forem as palavras, ainda serão insuficientes para descrever o enorme fascínio que esse lugar sempre exerceu sobre mim. A energia que o envolve nos faz sentir algo tão próprio que a sensação é de estar em outra dimensão, num ambiente louco e inspirador.


A Oficina Brennand


Chamado de “Mestre dos Sonhos”, Francisco Brennand, seu criador, começou a erguê-la em 1971, transformando o que eram as ruínas da antiga olaria São João da Várzea, de seu pai, na materialização desse grande projeto. Ela surge como que emergida das profundezas, trazendo a tona o universo particular dessa que é uma das mentes mais fantásticas que esse país já viu.

São 15 mil m² preenchidos com milhares de peças em meio a Mata Atlântica, no bairro da Várzea, cada qual com o seu significado.


Ao entrar, vamos caminhando pelos jardins, entre árvores e esculturas, com destaque para a dos Comediantes e para a feminina no centro de uma fonte, “Sequestro”.



Em seguida entramos no Salão das Esculturas, onde estão expostas inúmeras peças, dentre as quais muitas esculturas representando a sexualidade, seres mitológicos e figuras históricas, além de quadros e belos murais em cerâmica (que me encantaram muito...).




À esquerda está o Anfiteatro, onde encontramos uma espécie de terma ou banheira romana. Aqui não se anda simplesmente entre paredes ou chãos! Tudo é arte.


Saindo pela lateral, chegamos à parte que mais gosto: O Templo Central.


“Terra sagrada, templo ou santuário, não seria porventura uma justificativa plena para toda essa construção empreendida?”

Sem dúvida. É exatamente por me lembrar um templo que me chama tanto a atenção. A grande muralha de arcadas com pássaros protetores no topo, esculturas, os pilares e as pilastras, totens, grama, água... Faz pensar num ambiente onde circulariam deuses, ninfas e guerreiros. Quem me conhece sabe o quanto viajo nesses contos e fantasias. Gosto da forma dos entablamentos, das arcadas e dos claustros... Se pudesse viveria num ambiente assim. Mas voltando ao Templo Central...






São várias esculturas principalmente de mulheres nuas, o que nos remete a uma conotação sexual, mas nada que envolva erotismo ou algo do tipo, e sim, a fertilidade. Isso junto a muitos ovos, alguns sendo rompidos, como representação do ciclo da vida. E em sua cúpula está o Ovo Primordial, símbolo da imortalidade. É maravilhoso.


Continuando, ao lado está o Estádio, espaço para eventos, e seguindo para a parte de trás, nos deparamos com cisnes negros em meio à Praça Burle Marx, projetada pelo paisagista homônimo.



Depois chegamos a Accademia, onde estão expostas várias telas (que não podem ser fotografadas), e ao lado, o Auditório Heitor Villa-Lobos. Ao passar por ela, saímos numa área aberta onde há uma enorme serpente no gramado.



Em direção aos fundos, muito verde ao redor... A parte de trás das edificações... Portões...



Voltamos pela Accademia indo agora para outro caminho com várias outras esculturas.



E não podia sair sem novamente admirar o Templo Central e fazer mais alguns clicks...




Ainda tem o Templo do Sacrifício.


E foi isso... Um agradabilíssimo passeio em um dos lugares mais incríveis que existem por essas terras, onde a arte é exalada por todos os cantos e sob diversas formas. Recomendo intensamente a quem vem ao Recife.

Seguem os horários para visitação:

  • Segunda-Feira à Quinta-feira: 8:00h às 17:00h.
  • Sexta-feira : 8:00h às 16:00h.

 Maiores informações:





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